Através de um comunicado, assinado pelo "general" Zing Zong Júnior Sousa, apresentado como inspector-geral da Defesa Nacional das FAC, e dirigido ao sucessor do general Nunda, os independentistas disponibilizam-se para dialogar com o Executivo.

Para o efeito, exigem a "retirada progressiva das forças militarizadas angolanas do território de Cabinda", condição que consideram necessária para viabilizar o entendimento.

Segundo o braço armado da FLEC-FAC, a abertura "para o estabelecimento de contactos nos próximos 30 dias" com o Governo angolano, deve incluir igualmente o "consentimento expresso" do Presidente João Lourenço, e ainda o "escrupuloso respeito dos direitos humanos e da dignidade da população de Cabinda".

O movimento de luta pela independência de Cabinda, província de onde provém a maior parte do petróleo angolano, e considera que o território é um protectorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885.

Cabinda é a província geograficamente mais a norte das 18 províncias da República de Angola, sendo um enclave limitado ao norte pela República do Congo, a leste e ao sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico.

A capital da província de Cabinda é a cidade de Cabinda, conhecida também com o nome de Tchowa ou Tchiowa.

Tem uma superfície de 7 283 km e cerca de 716 076 habitantes.

A população de Cabinda pertence na sua quase totalidade aos povos bantu, mais concretamente ao grupo Fyote, cuja língua, o Ibinda, é um dos dialectos do kikongo.