Ao falar no âmbito da cerimónia de posse do novo secretário de Estado dos Petróleos, José Barroso, e ainda do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo e Gás, que vai ser presidido por Paulino Jerónimo, João Lourenço destacou o empenho do seu Executivo em garantir que Angola vai continuar a ser um importante produtor de petróleo e gás natural.

Destacando a aprovação da lei que vai criar o ambiente para que Angola seja não só um grande produtor de crude, mas também um grande produtor de gás natural, o Presidente Lourenço mostrou-se satisfeito por "finalmente" Angola ter uma empresa dedicada em exclusivo à produção de petróleo e de gás natural e uma agência com a tarefa de exercer o papel de concessionária.

"Finalmente acabámos por fazer aquilo que se impunha há bastante tempo e que é regra praticamente na indústria petrolífera no mundo fora, que é haver uma empresa que se dedica sobretudo à produção do crude e do gás e dos seus derivados, e uma agência com o papel de concessionária nacional, produzindo cada vez mais crude, mais gás, e que torne o nosso país autossuficiente em termos de produtos refinados, portanto, lubrificantes e combustíveis", explicitou, citado pela Lusa.

Por seu lado, e em declarações à imprensa no final do acto, o novo secretário de Estado dos Petróleos, José Barroso, disse que são vários os desafios que o sector petrolífero tem pela frente, mas o Estado angolano já definiu os objectivos para o sector, que passam pelo suporte no fundo à diversificação da economia, ainda suportada pelas receitas do petróleo.

"Neste momento está-se a fazer a reestruturação do sector, tanto organizacional, como do ponto de vista legislativo. A nossa função será essa, será dar continuidade a todos os processos em curso, de maneira a atingirmos a metas que o executivo definiu", disse, ainda citado pela Lusa.

Por sua vez, o presidente da Agência Nacional de Petróleo e Gás, Paulino Jerónimo, disse que a Sonangol, petrolífera estatal angolana, até agora assumiu o papel empresarial e o papel do Estado, como concessionária nacional, frisando a importância da separação de tarefas.

"Porque precisamos que as duas entidades, em separado, tenham foco na sua atividade, [...] criámos de facto uma melhor prestação na situação da indústria, um melhor contacto com os operadores petrolíferos, que são eles que produzem, e a Sonangol se dedique definitivamente nos seus negócios nucleares, que são a exploração e produção, distribuição e transporte de combustíveis", avançou.