A famosa vala da 7ª Avenida, que já provocou a morte de oito pessoas, é a principal "dor de cabeça" para a administração municipal do Cazenga, e tem finalmente as suas obras em curso, embora o Governo Provincial de Luanda (GPL).

Isto, apesar de o GPL ter anunciado em Dezembro último que os trabalhos retomariam em Janeiro deste ano, o que só está a acontecer agora.

Outro ponto crítico que os munícipes do Cazenga e de Cacuaco muito se queixam, tem a ver com a construção da ponte do Malueca, que vai ligar os dois municípios e que há dois anos tem os serviços paralisados, o que cortou a circulação de viaturas e de motorizadas entre Cazenga e Cacuaco.

Manuel Homem, que realizou uma jornada de campo de dois dias ao município do Cazenga, para se inteirar da realidade, disse, na quinta-feira, 25, aos jornalistas que estão ultrapassados os constrangimentos na obra da ponte do Malueca, cujo empreiteiro garantiu ter condições técnicas e operacionais para a continuidade dos trabalhos.

Segundo o governador, 30 dias é o prazo que recebeu do empreiteiro para a conclusão dos trabalhos da ponte do Malueca.

Entretanto, os munícipes do Cazenga e de Cacuaco esperam que de facto os trabalhos se concluam nos próximos dias, pois asseguram que lhes tem feito muita falta.

Ao Novo Jornal contaram que têm feito a travessia numa ponte improvisada, onde os bandos de criminosos não os deixam em paz.

Outra via de acesso que também preocupava os munícipes do Cazenga é a do Hospital Municipal do Cazenga, também conhecido como hospital da "Somague", que nos últimos meses se tornou insuportável devido ao seu mau estado, como noticiou o Novo Jornal em Agosto de 2023.

Até à semana passada, vários pacientes graves eram transportados ao colo para chegar àquela unidade hospitalar porque os buracos e as águas paradas na via impediam o acesso de viaturas e motorizadas.

Com visita de Manuel Homem ao Cazenga, esta via foi intervencionada, de forma paliativa, permitindo assim a chegada ao hospital de forma normal dos cidadãos e de viaturas.

O número 1 de Luanda disse que a ideia para além do trabalho paliativo, é fazer um trabalho definitivo e devolver o acesso do hospital do Cazenga aos utentes.

Entretanto, os munícipes do Cazenga, principalmente os das zonas da "Somague", 7.ª Avenida, Kima Kieza e 11 de Novembro, dizem esperar que os trabalhos sejam de factos concluídos e que as obras sejam de carecter definitivos e que o GPL não venda falsas promessas.

Aos jornalistas, Manuel Homem disse que estão ultrapassados os constrangimentos financeiros que impediam o arranque dos trabalhos destas obras.

Sobre a 7.ª Avenida, o governador reconheceu que nos últimos três anos a vala, a céu aberto, criava constrangimentos a vida da população, mas assegurou que, agora, está ultrapassado a situação.

Manuel Homem garantiu que os trabalhos da 7.ª Avenida ficam concluídos em Fevereiro de 2025, período que será inaugurado e entregue aos munícipes.

A jornada de campo do governador provincial de Luanda, de dois dias, ao Cazenga, termina esta sexta-feira.