Depois de ter constatado que alguns dos seus funcionários não estavam em casa quando deviam estar, a Administração da petrolífera emitiu um comunicado a avisar que vai "punir severamente" aqueles que forem encontrados na rua quando deviam estar em casa sem justificação.

Alguns "não têm cumprido a orientação de permanecer em casa, tendo sido vistos em lugares públicos e de lazer" quando deviam estar em casa, sublinha a Sonangol no comunicado que enviou ao Novo Jornal. A quarentena está a ser aplicada desde terça-feira, 24.

No mesmo comunicado os trabalhadores obrigados à quarentena são avisados de que a empresa não se responsabiliza por quaisquer problemas que estes possam vir a ter com a polícia.

E pede aos chefes de departamento e directores para se esforçarem no sentido de garantir que as suas equipas estão conscientes da importância de cumprirem com esta determinação.

Em todo o mundo, esta pandemia, dados actualizados perto das 15:00 de quarta-feira, 25, já infectou 436.493, matou 19.643 tendo 111.191 conseguido recuperar totalmente.

No continente africano, a doença já afecta a quase totalidade dos 54 países, com mais de 2 mil casos confirmados, cerca de 50 mortos, sendo o país com mais casos registados a África do Sul, com 709, seguindo-se o Egipto, com 402, e depois a Argélia, com 264. O país com mais mortos é o Egipto, onde já faleceram 20 pessoas vítimas desta doença.

Em Angola foram registados três casos, não havendo registo de novas infecções nas últimas 24 horas.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos, mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou um guia essencial sobre o coronavírus/Covid-19 que pode ver aqui.