Aleksandr Vorobei adiantou que tudo está encaminhado para que as 10 unidades restantes da encomenda original cheguem a Angola nos primeiros meses de 2018.

O Su-30 é um caça russo cujo fabrico teve início em finais da década de 1980 e entrou ao serviço da força aérea russa em 1996, tendo como valor, novo, em 2012, cerca de 37 milhões de dólares norte-americanos, embora os custos referentes à encomenda angolana não tenham sido divulgados.

As características do Su-30 apontam para um leque variado de acções, seja de ataque ao solo ou em combates ar-ar, sendo este caça conhecido pela sua grande manobrabilidade, superando mesmo, quando surgiu, em muitos aspectos os similares em uso nas forças aéreas dos países membros da NATO, nomeadamente os F-16, cujas funções são semelhantes.

O Su-30 faz parte de um modelo que vai do Su-27 aos Su-35, o mais recente, e é considerado o caça que permitiu à Rússia sair da irrelevância na aviação em que caiu logo após o desmembramento da União Soviética e do Pacto de Varsóvia, que, com a NATO, liderada pelos EUA, protagonizou durante décadas a "Guerra Fria".

Esta encomenda de 12 aparelhos por parte de Angola ficou selada durante uma visita de Dmitry Rogozin, vice-primeiro-ministro russo , em 2013, tendo, na altura, ficado apontado como ano de entrega 2015, embora, por razões que terão a ver com, na versão oficial, alterações a pedido de Luanda sobre as funções dos aviões, ou, como chegou a ser noticiado, devido à crise económica gerada pela baixa do preço do petróleo, a entrega foi protelada para 2017/2018.

Nas melhorias introduzidas a pedido de Angola constam, segundo a agência de notícias russa ITAR-TASS, alterações no sistema de radar e a instalação de um sistema de vídeo.

Os aviões que agora começaram a chegar a Angola vindos da "558 Aviation Repair Plant", em 2006, estiveram ao serviço da Força Aérea indiana, antes de serem devolvidos à Rússia para serem transformados das versões básicas que eram para modelos com as mais recentes tecnologias de voo e de combate.

A imprensa russa aponta ainda para a existência de interesse por parte de Angola para juntar mais seis aparelhos aos 12 encomendados em 2013, igualmente oriundos do lote dos aviões devolvidos pela Índia à Rússia e modernizados nas instalações da "558 Aviation Repair Plant", na Bielorrússia.

A generalidade dos aviões de guerra e helicópteros ao serviço da Força Aérea angolana são de origem russa, nomeadamente, para além dos Su-30, Su-27, Su-22 e Su-24, estes últimos mais antigos e produzidos ainda no tempo da União Soviética.