A par da investigadora cabo-verdiana, a distinção anunciada na terça-feira à noite no Departamento de Estado norte-americano, na capital federal norte-americana, foi ainda atribuída a Howarth Bouis, fundador e director da organização HarvestPlus from Washington, a Jan Low, investigadora também na área da batata-doce de Denver (Colorado) e a Robert Mwanga, envolvido igualmente na produção de batata-doce no Uganda.

Na cerimónia, Gayle E. Smith, responsável da Agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional, destacou o papel dos laureados e dos seus processos bem-sucedidos de melhoramento de plantas para aumentar as vitaminas e os minerais em alimentos básicos, especialmente na batata-doce alaranjada.

A aplicação integrada dos vários processos reduziu a subnutrição e melhorou a saúde de 10 milhões de pessoas pobres em África, Ásia e na América Latina.

A edição deste ano marca o 30.º aniversário desta distinção que tem um valor pecuniário de 250 mil dólares.

Este é o 13.º ano que o Departamento de Estado norte-americano é o anfitrião da cerimónia do anúncio dos vencedores.

Esta distinção foi criada em 1986 pelo cientista norte-americano na área da agricultura e Nobel da Paz Norman E. Borlaug, que morreu em 2009 aos 95 anos.

O galardão reconhece pessoas que tenham contribuído para o desenvolvimento humano através do aumento da qualidade, da quantidade ou da disponibilidade de alimentos no mundo.

Todos os anos, mais de 4.000 instituições e organizações em todo o mundo são convidadas a nomear candidatos para o prémio, que é coordenado por um conselho de notáveis que incluem os antigos Presidentes norte-americanos Jimmy Carter e George H. W. Bush.