Esta lista, segundo a imprensa chinesa, pressupõe, entre outros produtos beneficiários deste tratamento preferencial, aqueles que forem produzidos a partir de componentes adquiridos na China ou em alguns dos países incluídos neste grupo de 41 privilegiados para as importações chinesas.

Para que as exportações destes 41 países, onde, dos lusófonos, para além de Angola estão ainda a Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste, sejam beneficiados com o encolhimento das taxas alfandegários, é necessário, nota o China Briefing, provar que se trata de produtos originários de um destes países.

"Num mundo onde o comércio global se tornou mais complexo e altamente interdependente, é difícil produzir um produto apenas compostos por materiais de um único país", explicou a publicação chinesa para justificar a extensão aos incluídos na lista como potenciais fornecedores de componentes ou matéria-prima para o produto final exportado.

Estes benefícios concedidos pela China destinam-se exclusivamente aos países em desenvolvimento do continente africano e da região Ásia-Pacífico e foram criados em 2002.

A China é o principal parceiro comercial de Angola e o maior financiador dos projectos construídos ou em construção no país, sendo que, entre 2002 e 2016, Pequim já terá enviado para Luanda cerca de 15 mil milhões de dólares para financiar a sua reconstrução.

Um dos mais recentes sinais claros desta proximidade é a decisão do Banco da China em abrir uma sucursal em Luanda, justificando a opção com a necessidade de criação de mecanismos que facilitem as transacções comerciais e financeiras entre os dois países.