O incidente teria ocorrido no dia 22 de Março, no posto fronteiriço do Itanda, na Lunda-Norte, mas a informação teria sido entretanto sonegada pelas autoridades locais, que omitiriam igualmente a morte de Milu Pedro Chicanda, agente dos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME), decapitado no local, após uma investida protagonizada pela milícia "kamona sapo", de etnia baluba, proveniente da RDC.

Relatos chegados ao Novo Jornal apontam que, nos dias 17, 18 e 20 de Março, um grupo de indivíduos congoleses, maioritariamente desertores das forças de defesa e de segurança da RDC, supostamente em consequência da falta de pagamento de salários e da situação de incerteza política prevalecente naquele país vizinho, teriam se dirigido à fronteira angolana de Itanda.

O Novo Jornal soube de fonte local que seriam estas milícias responsáveis pelo novo fluxo de refugiados que atravessam a fronteira angolana à procura de protecção, devido aos ataques rebeldes.

O aparecimento desses grupos rebeldes teria forçado o recuo das próprias forças de defesa e segurança da RDC e levado a que as populações fizessem caminho em direcção a Angola.

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