Através de uma nota de imprensa divulgada esta semana, o BNA comunica que no mês de Dezembro, será vendida moeda estrangeira no valor equivalente a 1,2 mil milhões de dólares, através de "leilões de preço (venda de divisas) e de quantidade (plafonds para cartas de crédito)".

Na mesma nota, o banco central adianta que essa verba será disponibilizada "numa frequência diária", e irá cobrir "todas as finalidades".

A exemplo do que tem feito a cada sessão, o BNA divulgará, no seu portal institucional, "o montante disponibilizado, o número de participantes, a taxa de câmbio mais alta e a mais baixa admitidas bem como a taxa de câmbio média" daí resultantes.

O montante de moeda estrangeira disponível em Dezembro é o mais alto desde que o banco central começou a divulgar, no final de Agosto, o montante e o calendário das suas intervenções no mercado cambial para o mês seguinte, de modo a "conferir maior previsibilidade ao mercado".

A medida contribuiu para terminar a pressão sobre as divisas, conforme destacou o administrador do banco central, Pedro Castro e Silva.

Segundo o responsável, as mudanças introduzidas pelo BNA nos últimos meses, nomeadamente de anunciar ao mercado o montante de dólares disponível a cada mês, de acabar com as vendas directas de divisas em leilão e de aumentar a frequência desses leilões, tiveram um bom impacto.

"As medidas tomadas geraram previsibilidade e uma maior comunicação com os bancos comerciais, o que acabou por gerar um efeito positivo", disse Pedro Castro e Silva, acrescentando que "os bancos hoje sabem que, se não comprarem segunda-feira, têm mais quatro sessões de leilões do BNA" ao longo da semana para o fazerem.

"Esta pressão sobre as nossas divisas terminou e o facto de o BNA estar a atender justamente àquilo que os bancos estão a procurar tem contribuído para que a taxa de câmbio se encontre mais estável", sublinhou o administrador do banco central, em declarações à agência Lusa.