As pontes fictícias feitas for lei têm mais força que as pontes de betão feitas pelos homens de fora com ajuda dos de cá. A alegria passageira envolta na ilusão fornecida pelo álcool garantem um boa disposição e proporcionam uma quase certeza que 2019 será um ano melhor.

Cada um analisa os factos do ano, interpreta as mensagens passadas nos meios de comunicação social, na redes sociais e em outros meios menos virtuais, mais reais, mas que são o barómetro da sociedade e prognostica o futuro ano.

Não é possível terminar o ano sem fazer um exercício retroactivo e retrospectivo do que se passou, pois para projectar o futuro convém ter bem presente os factos do passado. Como fazer isso? Há forças para tal? E há também vontade? Claro, pode-se tentar resumir o ano de 2018 em poucas linhas que encapsulem as mensagens mais importantes. Vejamos:

O ano de 2018 prometeu seguir um caminho onde seria possível corrigir o que estava mal e melhor o que estava bem. Para tal era preciso ter condições psicológicas para dar um pontapé na corrupção, transformar os bajús em cidadãos honestos com capacidade de repatriamento de capitais.

Do ponto de vista socioambiental, o ano que agora finda permitiu reciclar alguns revús dando algum protagonismo que admitiu catapultar a sociedade civil de um patamar mais de oposição de posição naturalmente crítica para um grupo mais participativo de cidadãos. Há ainda muita reciclagem por fazer não só para criar melhor modelo de gestão dos resíduos sólidos mas também dos recursos humanos.

Espécies de insectos esquecidas pelo tempo nos baús repletos de naftalina surgem agora a comandar as principais notícias, cocegando um pouco os Angolanos, resultando em comichão para uns e cócegas para outros. Aqueles, que no passado eram mais conhecidos por serem cabritos que comiam aonde estavam amarrados, transfiguraram-se em marimbondos cambaleantes com poucas hipóteses de sobreviverem ao emaranhado de armadilhas e teias tecidas pelo mais alto mandatário da nação, em nome dos anseios de milhões de angolanos.