No Domingo, quando participava numa iniciativa de combate às cataratas, Sílvia Lutucuta, Aproveitou para enviar um recado claro aos médicos que obtiveram más notas no concurso público para admissão nos quadros do Ministério da Saúde e que resolveram sair à rua no passado Sábado com palavras de ordem a exigir a demissão da ministra.

O protesto, organizado pelo sindicato dos médicos, que visava mostrar o descontentamento dos médicos de Luanda, Benguela e Huíla, face às dificuldades encontradas nos testes de admissão, obteve de Sílvia Lutucuta, citada pela Angola, uma resposta na linha daquilo que tem sido a sua política enquanto tutela do sector da Saúde, sublinhando a importância de garantir qualidade nos serviços prestados através de profissionais com competências provadas.

Recorde-se que a esmagadora maioria dos candidatos chumbou nos testes do concurso público, alguns com notas claramente abaixo das expectativas, nomeadamente especialistas no activo que não conseguiram provar as suas qualificações na prova realizada de forma digital.

Aos protestos dos médicos, a ministra da Saúde acrescentou ainda como resposta que a lei é para cumprir e lembrou a propósito que existe um decreto presidencial, o 102/11, de 23 de Maio, que é claro no conjunto de requisitos exigidos para as candidaturas à entrada na função pública.

Um dos mais prenunciados protestos dos médicos é a questão da cultura geral que consideram demasiado exigente na prova de qualificação para o acesso à função pública.

Mas a ministra disse a esse propósito que "apenas se está a cumprir a lei" e reiterou o conselho para que se estude mais de forma a enfrentar menos dificuldades neste tipo de provas de afirmação de conhecimentos que determinam o acesso ou não aos quadros do Estado.

Até porque a cultura geral ocupa 20 por cento das questões, a ética e deontologia valor semelhante, sendo 60 por cento dedicadas aos conhecimentos específicos para cada área de especialidade.

Ao mesmo tempo, Sílvia Lutucuta garantiu que o seu ministério está a preparar as condições para melhorar as condições de formação dos médicos, o que é determinante para garantir que os mais de 30 mil médicos e mais de 60 mil enfermeiros que Angola precisa, segundo os valores indicativos da Organização Mundial de Saúde (OMS), correspondam às expectativas que os utentes sobre eles têm quando procuram os seus serviços.