Aos jornalistas, o supervisor do Programa de Combate Clementino Sacanombo, reconheceu que a província do Huambo está viver um surto de malária nunca antes visto.

"Nos últimos 10 meses do ano em curso, foram diagnosticados 175 mil e 360 doentes, quando em igual período, em 2016, tinham sido diagnosticados 12 mil e 917 enfermos", acrescentou Clementino Sacanombo.

Para fazer face à situação, está neste momento em curso a segunda fase da campanha de fumigação extraordinária, que vai atingir os 11 municípios da província.
"A província vive uma situação de emergência, devido ao surto de malária, desde o mês de Maio. Os números de doentes e óbitos estão a aumentar, bruscamente, exigindo das autoridades uma pronta resposta", frisou.
Além da fumigação extraordinária, com duração de 25 dias, Clementino Sacanombo informou que o programa de educação da população sobre os cuidados de prevenção está a ser intensificado, ao mesmo tempo em que estão a ser distribuídas, gratuitamente, redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração.

Segundo dados maus recentes das autoridades sanitárias do país, a malária causa anualmente em Angola a morte a quase nove mil pessoas e cerca de três milhões de casos são registados todos os anos.

As zonas do norte de Angola continuam a ser as mais afectadas devido às suas características geográficas, sendo as regiões mais endémicas as províncias de Cabinda, Zaire, Uíge, Cuanza Norte e Cuanza Sul, Malange, e as Lundas Norte e Sul.