De acordo com uma nota do Ministério da Saúde, foi ordenada "a constituição de uma comissão de inquérito para apurar os factos ocorridos naquela unidade hospitalar, nos últimos dias".

"A comissão será coordenada pelo doutor António Armando, Inspector Geral de Saúde, representantes do Gabinete Provincial de Saúde de Luanda , representantes da Ordem dos Médicos e representantes da Ordem dos Enfermeiros", pode ainda ler-se no documento que refere também que "a comissão deverá apresentar, no prazo de 15 dias, um relatório circunstanciado da ocorrência, com a indicação precisa dos factos e dos eventuais responsáveis, bem como emitir recomendações tendentes a prevenir a ocorrência, no futuro de emitir recomendações tendentes a prevenir a ocorrência, no futuro de situações semelhantes".

A directora do Gabinete Provincial da Saúde de Luanda, Rosa Bessa, tinha dito, ontem, à Rádio Luanda "que a equipa de Inspeção-Geral da Saúde está no terreno a fazer investigações para apurar os motivos que resultaram na morte do jovem".

"Vamos apurar se houve esquecimento de socorro ao homem de 31 anos, que que acabou por perder a vida à porta do hospital. Se as nossas investigações derem conta que houve falta de assistência médica, os responsáveis serão punidos", garantiu.

A vítima, de 31 anos, teve um acidente na noite de Domingo passado e foi levado para o hospital do Zango. Segundo a progenitora, "depois de ter sofrido o acidente, foi socorrido de imediato no hospital do Zango, que o transferiu para o hospital do Kapalanga".

"Mas, chegados àquela unidade sanitária, não havia maca para retirar o meu filho do carro que o socorreu", contou a mãe da vítima.

Maria Luísa Martins afirmou ainda que houve muita desorganização por parte da equipa médica que estava de banco naquela noite.

"Eu não sabia o que fazer naquela noite. A desorganização era tanta que eles me disseram que não podiam fazer nada por falta de meios", esclareceu, sublinhando que um enfermeiro a informou de que não podiam transferir o jovem para o hospital Josina Machel (Maria Pia), porque a ambulância não tinha combustível.