Segundo o responsável, que falou aos jornalistas no final da visita que os deputados da 6.ª comissão de trabalhos da Assembleia Nacional realizaram às instalações da Junta, em Luanda, para além da dívida portuguesa, o país também acumula uma dívida à África do Sul.

Neste caso, de 22 milhões de rands, equivalente a 1 milhão e trezentos mil euros.

"Há dívidas nos dois sectores de Saúde [de Portugal e África do Sul], contudo a mais preocupante é a dívida com Portugal", assinalou Augusto Lourenço, explicando que a situação lusa é "mais problemática porque os valores são considerados muito altos".

O presidente de direcção da Junta Nacional de Saúde, órgão do Ministério da Saúde vocacionado para o envio de pacientes para o exterior do país, garantiu que existe um esforço "na questão da amortização", mas reconheceu que o mesmo não tem chegado para "fazer com que essa dívida chegue ao ponto zero".

"Muitas vezes o Estado angolano amortiza, mas passado algum tempo volta a subir a dívida", referiu o responsável.

Augusto Lourenço esclareceu ainda que os montantes devidos a Portugal e à África do Sul "resultam da acumulação de vários anos de actividade", com pacientes enviados para tratamento nos hospitais portugueses.