Franco Mufinda afirmou que as estatísticas registam mortes diárias, "de pessoas que chegam tarde" aos hospitais.

"Começamos a ter até óbitos na comunidade, pessoas que chegam às unidades sanitárias sem vida e quando se faz o teste pós-morte, de SARS-COV 2, temos evidências que se trata de covid, portanto [são] pessoas [que] começam a morrer em casa", declarou, em declarações à Rádio Luanda, citadas pela agência Lusa.

À noite, na habitual conferência de imprensa em que são actualizados os números da pandemia no País, o secretário de Estado para a Saúde Pública chamou a atenção para o desrespeito pelas regras de prevenção e combate à covid-19.

"A Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à covid-19 tem acompanhado com bastante preocupação a prática de actos e a realização de actividades que não só desobedecem ao disposto no Decreto Presidencial n.º 256/20, de 8 de Outubro, que define as medidas em vigor no âmbito da Situação de Calamidade Pública, como, sobretudo, põem em causa a saúde individual e em grande risco a saúde colectiva", afirmou Franco Mufinda, que deu início à conferência de imprensa com a leitura de um comunicado em que a Comissão condena "veementemente tais actos e actividades".

Mufinda relembrou que as praias continuam interditas e que estão proibidas festas fora de casa, sendo limitadas a 15 pessoas no domicílio.

Os espectáculos culturais não podem ser dançantes e exigem lugares sentados, os restaurantes só podem funcionar até às 22:00 com lotação limitada a 50% e na via pública, e os ajuntamentos não podem exceder dez pessoas, recapitulou o secretário de Estado.