"A empresa foi extinta pelo Estado angolano sem esclarecimentos sobre o futuro dos mais de 200 trabalhadores. Estamos há 12 meses sem salário. Hoje, decidimos concentrar-nos aqui na direcção do ISEP para, em vigília, reivindicarmos os nossos direitos", afirmou ao Novo Jornal o secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Frescangol.

João Cristóvão informou que os seus companheiros estão a viver um "tremendo pesadelo", dependendo de "ajudas de amigos para sobreviver", "sem esperanças" sobre quando os seus problemas serão resolvidos.

"Neste momento, as famílias dos trabalhadores estão completamente desestruturadas. Garantiram-nos que ainda hoje a direcção do ISEP vai sentar-se connosco. Veremos o que nos vão dizer. Estamos fartos de promessas. Queremos acções", declarou o líder sindical.

O Novo Jornal tentou, sem sucesso, contactar o Instituto do Sector Empresarial Público (ISEP), cujo líder encontrava-se numa reunião por altura da nossa reportagem.

Vocacionada para o ramo de conservação e refrigeração de produtos alimentares, a Frescangol foi uma empresa pública extinta o ano passado, através do decreto presidencial n.º255/16 de 14 de Junho.