"A direcção do partido decidiu suspender o secretário-geral da JFNLA, Carlos Cassoma, por insubordinação e violação dos estatutos", disse ao Novo Jornal o presidente do partido, Nimi-a-Nsimbi.
De acordo com o político, o secretário-geral da JFNLA, eleito há nove meses, "recebe apoios externos para realizar actividades da organização sem o conhecimento da direcção do partido. E sempre que recebe estes apoios, diz que são pessoas de boa-fé que apoiam".
"Que pessoas são essas, de boa-fé, que o partido não conhece?", interroga Nimi-a-Nsimbi, suspeitando que sejam figuras de referência no partido por detrás destas acções.
Para Nimi-a-Nsimbi, todo o apoio de pessoas de boa-fé é bem-vindo, desde que comunicados à direcção do partido.
"Dentro em breve vamos denunciar estas pessoas que tanto fazem para destruir o partido que já atravessou uma crise interna sem precedentes", prometeu o presidente da FNLA.
O presidente da FNLA disse que desde que assumiu à liderança do partido, está a cingir-se ao fortalecimento da unidade e coesão dos membros desta formação política, através de mensagens e atitudes de proximidade aos militantes.
"A nossa grande preocupação é a reorganização do partido. Não vamos permitir que um grupo de militantes desestabilize o trabalho árduo que levamos a cabo", referiu o líder da FNLA, sublinhando que os militantes têm um papel importante no processo de unificação do partido.
Refira-se que a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) é um movimento político fundado em 1954. A FNLA foi um dos movimentos nacionalistas angolanos durante a guerra anticolonial de 1961 a 1974, juntamente com a UNITA e o MPLA.
Desde 1991 é um partido político cuja importância tem vindo a diminuir drasticamente, em função dos seus fracos resultados nas eleições legislativas desde 1992.