O encontro privado que João Lourenço manteve no Palácio da Cidade Alta com Francisca Van-Dúnem, em que esteve presente também Adão de Almeida, ministro de Estado e chefe da Casa Civil do PR, adivinhava-se como uma boa oportunidade para derrubar barreiras e promover diálogos desde que, em Março último, uma equipa de especialistas forenses portugueses que trabalharam em Angola a pedido da Plataforma 27 de Maio e com o consentimento do Executivo concluiu que as ossadas de oito corpos apresentados pela CIVICOP podiam ser de quaisquer pessoas menos de José Van-Dúnem (irmão de Francisca Van-Dúnem), Sita Valles ou de qualquer outra vítima da chacina de 27 de Maio de 1977.