Apesar de a Sonagás continuar a afirmar que há gás de cozinha suficiente no País, nas ruas e mercados a situação é completamente diferente, pois a população continua a não encontrar com facilidade o produto, que em vários pontos está a ser comercializado a 5 mil kwanzas, como já noticiou o Novo Jornal na semana passada.
Nos postos de venda de gás, em quase todo a província de Luanda, é possível ver enchentes e filas longas quando há produtos nos agentes revendedores.
"O Governo tem é medo de assumir que estão com problema e que não estão a conseguir resolvê-los. Não é possível uma cidade como a de Luanda estar há duas semanas sem gás. Sinceramente, não colhe a história apresentada pela Sonagás de que está tudo bem", afirma Mateus Jorge, gerente de um restaurante na baixa de Luanda, cuja opinião é partilhada por muitos.
Este domingo,10, o presidente da Comissão Executiva (PCE) da Sonagás, Manuel Barros, que se fez acompanhar da sua equipa, em visita a alguns pontos de venda que abriram as portas, disse haver stock suficiente de gás para abastecer todo o País e que a situação de escassez que se registou nos últimos dias deveu-se à prevenção das manifestações que se registaram.
"Os revendedores, por precaução dos assaltos, tiveram de encerrar os estabelecimentos", justificou.
A Sonagás garante que serão introduzidas esta semana 55 mil garrafas para ultrapassar o problema e diz que dispõe de stock suficiente para garantir o abastecimento contínuo a nível nacional.