"Todos os países têm ricos e pobres, Angola não é uma excepção. Mas, o ideal nessa divisão da sociedade é haver equilíbrio, e quando me refiro a equilíbrio quero dizer alargar substancialmente o número de cidadãos que saem das condições de extrema pobreza, que saem da condição de pobres, e que passam a integrar uma classe média", defendeu João Lourenço, num discurso proferido perante cerca de 200 mil apoiantes, de acordo com os números da organização.

Reiterando o combate à pobreza como prioridade do seu mandato, caso seja eleito nas eleições do próximo mês de Agosto, o candidato do MPLA a Presidente da República acrescentou que "tirar o maior número possível de cidadãos da pobreza" exige uma acção concertada.

Como tal, João Lourenço apelou ao contributo das diferentes forças da sociedade, nomeadamente instituições privadas, organizações não-governamentais e igrejas.

"Uma das nossas preocupações, depois de Agosto [eleições gerais], será precisamente, não digo criar, mas procurar ampliar ao máximo essa classe média angolana, à custa da redução dos pobres (...) Fazer com que a classe média seja superior à soma dos pobres e dos ricos", reforçou o político, citado pela agência lusa.

O sucessor de José Eduardo dos Santos na corrida à Presidência apontou mesmo como meta elevar 60% da população à classe média, lembrando que a "factura" da pobreza agravou-se nos tempos de guerra.

"Angola ficou mais pobre, as pessoas ficaram mais pobres, o país ficou mais pobre em infra-estruturas", salientou.