Em declarações à Rádio Nacional, o ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, defendeu que "é um acto de inocência absoluta" pensar que Angola está imune a atentados terroristas.

"Devemos estar conscientes de que uma situação de acto terrorista pode acontecer em Angola, da mesma forma que está a acontecer noutros países", alertou o governante, citado pela agência Lusa, dando como exemplos os casos de atropelamentos que têm acontecido na Europa.

Para o titular do Interior, o combate a este fenómeno exige a colaboração de todos, que devem estar vigilantes - sentindo-se igualmente "polícias" - e assim contribuir para a segurança nacional.

As declarações de Ângelo Veiga Tavares chegam numa altura em que o Ministério Público tem em mãos um processo que envolve acusações de organização terrorista.

O caso tornou-se público no início deste mês, com a notícia de uma acção judicial contra seis jovens angolanos, cinco dos quais em prisão preventiva desde Dezembro.

Apesar da associação que tem sido feita ao Islão, o ministro garante que o processo "não tem nada que ver de forma expressa e directa com qualquer religião", e sim "com acções ligadas a actos menos correctos de determinados grupos, que podem colocar em causa a segurança do país".

Sem se alongar nos comentários, o governante sublinhou que o processo "está a merecer tratamento a nível dos fóruns competentes".

De acordo com a acusação, os seis réus criaram em 2015, em Angola, o "grupo muçulmano denominado "Street Da Was'".