Cerca de três anos depois de a Endiama ter anunciado um investimento de 70 milhões de dólares para reabilitar o Palácio de Ferro e transformá-lo na morada do Museu do Diamante, o espaço prepara-se para ganhar outro destino, avançou Sindika Dokolo.

Em entrevista à edição Agosto-Setembro da Afrique Magazine, o empresário revelou que o Palácio de Ferro será a casa do Museu de Arte Contemporânea de Luanda, projecto que desenvolve há anos.

"A recuperação do edifício principal já está concluída, e o principal salão de exposições estará pronto no final do ano", avançou o criador da Fundação Sindika Dokolo, que, desde Novembro de 2015, faz do Palácio de Ferro o palco da III Trienal de Luanda, evento que decorre até ao próximo dia 31 de Agosto.

Sem avançar uma data para a abertura do futuro Museu de Arte Contemporânea, o coleccionador de arte antecipou apenas que o espaço será inaugurado com a grande exposição que a Fundação Sindika Dokolo está a organizar em parceria com a Documenta 14, um dos mais importantes eventos de arte contemporânea do mundo.

"Dar aos jovens acesso à cultura é um dos meus principais objectivos", apontou o marido da empresária Isabel dos Santos, empenhado em "aumentar o impacto da arte e da cultura na sociedade angolana".

Com o anúncio de Sindika Dokolo, fica por descortinar o destino do Museu do Diamante, cuja construção levou o Ministério da Cultura a atribuir, em 2015, protecção especial ao Palácio de Ferro.

De acordo com um decreto executivo assinado pela então ministra Rosa Cruz e Silva, foi estabelecida "excepcionalmente" uma Zona Especial de Protecção num raio de 10 metros a contar dos limites exteriores daquela construção.

A decisão, explicava o documento, decorria da "necessidade de conservar e preservar o imóvel", salvaguardando a "conveniência do desenvolvimento do projecto, visando a sua requalificação e reconversão em Museu do Diamante".

O Novo Jornal Online está a tentar contactar o Ministério da Cultura para mais esclarecimentos