Numa conversa informal com os jornalistas, Rui Carreira, questionado a esse propósito, disse, com esse significado, apesar do tom informal do encontro com a imprensa organizado pela TAAG, que ao fim de dois dias de uma eventual greve dos pilotos "a empresa já não existia".

Em cima da mesa está a possibilidade de uma greve de pilotos por 10 dias a partir de 05 de Setembro.

"Temos estado a conversar", disse Carreira sobre a greve que, segundo algumas notícias, poderá ter lugar em Setembro, acrescentando que nesse diálogo a administração tem procurado mostrar com clareza a real situação financeira da empresa.

Rui Carreira notou que o que interessa para a TAAG é que os seus profissionais percebam "asa reais capacidades da empresa" porque "as reivindicações não podem ser a ponto de inviabilizar a continuidade da empresa".

Porque, sublinhou, se assim sucedesse, "seriam 3.100 pessoas a ficar sem emprego", que é a soma total dos trabalhadores da TAAG.

"Acredito que vamos chegar a um entendimento", apontou o PCE da TAAG, embora acrescentando que "não é possível à administração avançar para aumentos apenas para os pilotos quando a empresa é um todo.

Rui Carreira acredita que a greve não vai avançar, primeiro, por causa das conversações que estão em curso e nas quais a empresa vai explicar a sua real situação e capacidade, sendo que, no mesmo encontro, o gestor admitiu que a TAAG atravessa um momento de grande aflição.

E em segundo lugar, porque, sublinhou, se os pilotos avançassem para a grave de 10 dias, ao segundo dia a TAAG já não existia", tal a dimensão dos problemas com que lida actualmente, e numa fase em que está a ser preparada a sua privatização.