A compra das 180 mil toneladas de fertilizantes diversos para a próxima campanha agrícola, no quadro do ajuste directo que rende cem milhões de dólares à mineradora marroquina de rocha fosfática, é apenas o arranque de um plano para até 2029, com a importação anual de quantidade similar, tendo em vista a necessidade de preços regulares e o fim do que o Governo angolano chama de doações, soube o Novo Jornal.
Daqui a cinco anos, presumivelmente com a fábrica industrial do Soyo já a funcionar, o País importará 900.000 toneladas, cifra abaixo daquela que a unidade em construção na província do Zaire deverá proporcionar a cada ano, 3 milhões e oitocentas mil toneladas.
Levantamentos feitos pelo NJ, após o anúncio da compra a Marrocos, indicam que, mesmo com a alteração do projecto inicial, previa apenas o amónio e ureia, a fábrica do Soyo não será a "solução definitiva".
Contrariando o que tem sido avançado relativamente à auto-suficiência, um empresário do ramo agrícola, proprietário de uma das empresas importadoras de fertilizantes, adverte que faltarão as composições, como o potássio, o fósforo e o azoto.
Semanário Novo Jornal
Isaac dos Anjos revela como se disciplina o mercado: Governo estica importações para lá da fábrica de fertilizantes
A dois meses da campanha agrícola 2025/26, ministro assume, num exclusivo NJ, que é preciso acabar com "preços especulativos" dos vários tipos do insumo usado na adubação dos terrenos. Dos Anjos realça que muitos querem fazer negócios dos fertilizantes com o Estado e assegura que as "doações" têm os dias contados. Fábrica do Zaire chega em 2027, mas importações continuarão.
