"A Goldman Sachs Group está a providenciar um empréstimo sindicado que será parcialmente garantido pelo Banco Mundial, enquanto a firma de investimento Gemcorp Capital LLP [sediada em Londres] está, em separado, a tratar de uma "injecção" de dólares para que o país possa importar alimentos, medicamentos e assegurar a cobertura de outras necessidades", lê-se no diário Wall Street Journal, que cita fontes próximas do processo.

De acordo com o jornal norte-americano, o crédito que a Goldman Sachs está a negociar assenta no compromisso assumido há um ano pelo Banco Mundial (BM), de "apoiar Angola nos planos de diversificação da economia, tendo disponibilizado para o efeito um empréstimo de 450 milhões de dólares e uma garantia no valor de 200 milhões de dólares".

O acordo do BM, segundo adianta o Wall Street Journal, deverá permitir assegurar um empréstimo até 600 milhões de dólares.

Apesar de lembrar que Angola atravessa uma profunda crise económica - causada pela queda do preço do barril do petróleo, e visível na subida da inflação e desvalorização do Kwanza -, a publicação norte-americana assinala que "os investidores estão confiantes" na recuperação.

O jornal recorda que a possibilidade de o país obter uma assistência do Fundo Monetário Internacional no valor de 4,5 mil milhões de dólares é igualmente relevante para manter a capacidade de se financiar no exterior.