Nas considerações feitas em Benguela, no final de visitas ao Complexo Industrial do Grupo Carrinho, ainda à espera de um financiamento da Corporação Financeira Internacional dos Estados Unidos para a construção de silos, e aos Terminais de Minerais e Polivalente e Carga Geral do Porto do Lobito, Troy Fritell garantiu que "o Presidente Trump ama o Corredor do Lobito, está absolutamente comprometido" com este projecto.

O diplomata respondia desta forma às "falsas notícias" que apontavam para um eventual abandono dos EUA do projecto Corredor do Lobito, lançado pela anterior Administração do Presidente Joe Biden.

E fez questão de esclarecer que os cinco mil milhões de dólares anunciados na Cimeira de Luanda representam o total para o CL, com o apoio à Lobito Atlantic Railway (LAR), concessionária dos serviços ferroviários e logística, também na equação.

"Um dos nossos parceiros é o Governo angolano, de igual modo temos confiança nas empresas. É difícil trabalhar com muitos parceiros, mas as coisas já estão a acontecer", frisou, antes de ter prometido "mais visitas nos próximos tempos".

Tal como referiu uma representante do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos, o EximBank, o embaixador avisou que os Estados Unidos têm um mecanismo de fiscalização da forma como é aplicado o seu dinheiro, mas nenhum deles avançou qualquer tipo de exigência no domínio da transparência.

Presente na delegação que visitou as infra-estruturas do Corredor do Lobito, o representante da DFC, Conor Colman, confirmou que estão em "fase avançada" negociações para um financiamento de 550 milhões de dólares a favor da LAR, que tenciona aumentar a frequência na transportação do cobre da República Democrática do Congo (RDC).

"Há alguns pendentes em finalização", resumiu, salientando ainda que "existem muitas oportunidades para as empresas, o nosso pacote prevê a energia, os minerais e o desenvolvimento rural".

À imagem do Presidente da República na Cimeira de Negócios, o secretário de Estado dos Transportes, Jorge Bengue, destacou as reformas feitas nos últimos dez anos em África, sublinhando que Angola começou a melhorar o seu ambiente de negócios por via de mexidas no quadro legal.

"Temos resultados positivos, é seguro investir no País, temos oportunidades e estabilidade política e segurança", adiantou.

Tal como o Grupo Carrinho, que aposta no acondicionamento de grãos como o milho, feijão, trigo e arroz, a Amer-con, uma das empresas americanas que vão "ajudar a fiscalizar todo o financiamento", vai construir silos no Corredor do Lobito. Tem em carteira, para o Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela, um terminal com dez silos, num investimento de 60 milhões de dólares.