"As marcas da tripulação que conseguiu escapar ao naufrágio são visíveis, a descoberta dos destroços [do Endurance] é uma conquista incrível", contou o geógrafo polar John Shears, que liderou a equipa de investigação da Falklands Maritime Heritage Trust (FMHT), que, com recurso a submarinos, operados remotamente, e ao quebra-gelo sul-africano Agulhas II, detectou o secular navio de madeira a 10 mil pés de profundidade, no fundo do Mar de Weedek, a leste da Antártica.
"Concluímos com sucesso a busca mais difícil do mundo, lutando contra o gelo marinho em constante mudança, nevões e temperaturas abaixo dos -18ºC. Conseguimos o que muitas pessoas disseram ser impossível", disse, citado pelo The New York Times
"Até é possível ver os buracos que os homens de Shackleton fizeram no convés para salvar os mantimentos, usando ganchos de barco. Em particular, havia um orifício que eles fizeram no convés para entrar em "The Billabong", a cabine que era usada para armazenar alimentos no momento em que o navio afundou", descreveu John Shears.
As primeiras imagens do Endurance, captadas pelo fotógrafo Frank Hurley, mostram o navio praticamente intacto, apesar dos três mastros caídos e do convés danificado.
O veleiro "está em posição vertical no fundo do mar, quase intacto, e num estado impressionante de preservação", segundo declarações do arqueólogo Mesun Bound à BBC.