O inquilino da Casa Branca, conhecido por um passado civil fortemente ligado ao negócio do imobiliários, disse, nas últimas horas estar "comprometido em comprar e possuir" a Faixa de Gaza, mas convidando outros países da região para o milionários processo de reconstrução.

"Quanto à reconstrução (da Faixa de Gaza), podemos dá-la a outros Estados do Médio Oriente para construírem partes", disse o republicano aos jornalistas, no interior do avião presidencial, citado pela Lusa.

"Outras pessoas podem fazê-lo sob os nossos auspícios, mas estamos empenhados em possuí-la, tomá-la e garantir que o (movimento islamita palestiniano) Hamas não a reocupa", acrescentou Trump.

Pouco depois, o Hamas condenou as declarações do presidente norte-americano.

"Condenamos as declarações de Trump sobre 'comprar e possuir Gaza', que reflectem uma profunda ignorância sobre a Palestina e a região. Gaza não é uma propriedade que possa ser comprada e vendida, é parte integrante da nossa terra palestiniana ocupada", disse Izat al-Rishq, um dirigente da ala política do Hamas.

Num comunicado divulgado pelo jornal "Filastín", ligado ao movimento islamita, Al-Rishq salientou que a Faixa de Gaza "pertence ao seu povo e não o abandonará".

A única forma de os palestinianos abandonarem voluntariamente o enclave é se puderem regressar às casas nas cidades e vilas que Israel ocupou em 1948, acrescentou o dirigente.

"Tratar a questão palestiniana com a mentalidade de um agente imobiliário é uma receita para o fracasso, e o nosso povo vai frustrar todos os planos de deslocação e deportação", disse Al-Rishq, ainda citado pela Lusa