Ao fim de 21 dias de insistente recusa em aceitar a derrota eleitoral, com a sua equipa de advogados, liderada pelo ex-mayor de Nova Iorque Rudy Giuliani, a abrir múltiplos processos judiciais para anular milhões de votos e todos eles recusados pelos juízes dos distintos tribunais dos estados da Pensilvânia, Arizona, Georgia... Donald Trump viu-se num beco sem saída e, de acordo com a imprensa do país, optou por conceder a vitória de Biden.
Joe Biden e a sua vice-Presidente eleita, Kamala Harris, a primeira mulher a ocupar este cargo em 231 anos de democracia nos EUA, já tinha passado por cima da recusa de Trump iniciando os processos de nomeação da sua equipa governativa, que indicia uma reviravolta total na política externa, ambiental e sanitária dos Estados Unidos durante a Administração que agora finda.
Com esta aceitação, a política norte-americana reganha uma normalidade que estava em causa com a recusa de Trump e as suas corrosivas acusações de que tinha sido roubado nas eleições de 03 de Novembro no pressuposto de que estas tinham sido uma gigantesca fraude.
A 14 de Dezembro, o colégio eleitoral, composto por 306 grandes eleitores democratas e 232 republicanos, vai completar o calendário eleitoral, a fase final para a tomada de posse marcada para 20 de Janeiro.
Este desfecho foi precedido da confirmação oficial dos resultados pela agência federal com essa incumbência constitucional, a GSA (Administração Geral de Serviços), o que, por depender da Administração Trump,, carecia da sua aprovação oficiosa, e fê-lo depois de receber deste a indicação para "fazer o que fosse preciso" para concluir este que foi um dos mais penosos processos eleitorais na história da democracia dos EUA, que se auto-intitulam como a mais antiga da história moderna.