Ao todo ficaram retidas durante várias horas no aeroporto 4 de Fevereiro 13 individualidades que viajaram para Angola para participar numa conferência internacional sobre o desenvolvimento da democracia em África . O ex-Presidente colombiano, Andrés Pastrana Arango, denunciou o caso a uma rádio do seu país e o incidente motivou, segundo fontes do Novo Jornal, "uma forte pressão internacional"..
Os jornais espanhol "El Pais", português Observador, as rádios França Internacional e RDP foram alguns dos órgãos de comunicação social a dar destaque a este incidente.
Na quinta-feira à noite, ao Novo Jornal, o deputado da UNITA Nelito Ekuiki disse que começaram por ser "libertados" cinco visitantes, que foram autorizados a entrar no País, entre eles o ex-Presidente do Botswana, Iam Khama, e o ex-Presidente colombiano, André Pastrana.
Ainda segundo Ekuiki, Venâncio Mondlane foi deportado, mas há, para além do político moçambicano, outros deportados.
Ian Khama, Andrés Pastrana, Mondlane e as restantes personalidades viajaram para Angola para participar numa conferência internacional sobre o desenvolvimento da democracia em África, organizado em conjunto pela UNITA e pela Brenthurst Foundation, fundada pelo multimilionário Nicholas Oppenheimer, ex-presidente da De Beers, a gigante mundial da indústria dos diamantes.
O Novo Jornal sabe que o ex-Presidente do Botswana, Ian Kahma, ficou "tão desapontado" que já não quer participar na Conferência e decidiu regressar esta sexta-feira ao seu país. Deixa críticas e lamentos antes de regressar a casa, afirmando que nunca imaginou ser tratado assim por um País "irmão".
"É como ir a casa da família e ser escorraçado", afirmou, dizendo ainda sentir-se "magoado".
Uma experiência muito diferente da anterior, em que o Presidente João Lourenço "até mandou um avião" para o ir buscar.