Cólera: Epidemia em Angola a caminho dos quatro meses soma mais 5 mortos e 272 casos
A epidemia de cólera em Angola está a caminho dos quatro meses e dos 17 mil casos. Nas últimas horas foram registados mais cinco óbitos e 272 novas infecções.
Os 272 casos de cólera foram notificados em Benguela (104), em Luanda (61), em Malanje (27), no Cuanza Norte (24), no Cuanza Sul (24), no Icolo e Bengo (10), no Namibe (10), na Huíla (4), no Bengo (4), em Cabinda (3) e no Zaire (1).
Nas últimas horas foram registados cinco óbitos, quatro na província do Cuanza Sul e um em Benguela. Receberam alta 201 pessoas e actualmente estão internadas 724 pessoas com cólera.
Desde o início da epidemia foi reportado um total cumulativo de 16.991 casos, sendo 5.765 em Luanda, 3.569 em Benguela, 2.940 no Bengo, 1.847 no Cuanza Norte, 1.089 no Icolo e Bengo, 812 em Malanje, 372 no Cuanza Sul, 193 no Namibe, 145 em Cabinda, 95 na Huíla, 83 no Zaire, 39 no Huambo, 23 no Cubango, 15 no Uíge, dois no Bié, e um em cada uma das províncias do Cunene e da Lunda Sul.
Ocorreram desde 7 de Janeiro 563 óbitos, dos quais 200 na província de Luanda, 113 no Bengo, 95 em Benguela, 65 no Cuanza Norte, 30 no Icolo e Bengo, 26 em Malanje, 23 no Cuanza Sul, quatro no Zaire, três em Cabinda, dois no Namibe, e um em cada uma das províncias do Huambo e da Huíla.
Segundo a OMS, o País vive "um momento crítico", atravessando "um cenário complexo de saúde pública caracterizado por doenças endémicas, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, doenças tropicais negligenciadas e um surto de cólera que já afectou 17 das 21 províncias".
Estão em curso medidas de resposta urgente que incluíram "o envio de equipas de resposta rápida, a formação de pessoal de saúde, a criação de centros e unidades de tratamento da cólera, o fornecimento de água potável, o envolvimento intensivo da comunidade e o lançamento de campanhas de vacinação específicas".
Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.
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