Dos 337 casos de cólera, 132 foram notificados na província de Benguela, que tem praticamente todos os municípios afectados pela doença. Segue-se o Cuanza Sul (70), Luanda (50), Malanje (41), Cuanza Norte (19), Huíla (9), Bengo (6), Namibe (5), Icolo e Bengo (4) e Huambo (1).

Os sete óbitos registados nas últimas horas foram notificados em Benguela (3), Cuanza Sul (2), Luanda (1) e Malanje (1).

Segundo o Ministério da Saúde, receberam alta 310 pessoas e actualmente estão internadas 638 pessoas com cólera.

O total cumulativo ascende a 16.719 casos e 558 óbitos.

Segundo a OMS, o País vive "um momento crítico", atravessando "um cenário complexo de saúde pública caracterizado por doenças endémicas, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, doenças tropicais negligenciadas e um surto de cólera que já afectou 17 das 21 províncias".

Estão em curso medidas de resposta urgente que incluíram "o envio de equipas de resposta rápida, a formação de pessoal de saúde, a criação de centros e unidades de tratamento da cólera, o fornecimento de água potável, o envolvimento intensivo da comunidade e o lançamento de campanhas de vacinação específicas".

Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.

A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.

Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.

A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.

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