No fim-de-semana foram notificados, em 48 horas, 296 novos casos ao Centro de Processamento de Dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Direcção Nacional de Saúde Pública, e um total de 23 mortes.
No entanto, a província de Luanda continua a mais afectada, com 94 novos casos.
Segundo os números do Ministério da Saúde, desde o início desta epidemia foi reportado um total cumulativo de 7.410 casos, sendo 3.832 na província de Luanda, 2.325 na do Bengo, 754 na do Icolo e Bengo, 144 na de Malanje, 119 na de Benguela, 102 na do Kwanza Norte, 34 no Zaire, 33 no Kwanza Sul, 25 em Cabinda, 18 no Huambo, 15 no Uíge, sete na Huíla, um no Cunene e um no Cubango.
Ocorreram desde o início da epidemia 282 óbitos, dos quais 141 na província de Luanda, 90 no Bengo, 19 no Icolo e Bengo, 18 no Kwanza Norte, seis em Benguela, quatro em Malanje, dois no Kwanza Sul, um no Zaire e um na província de Cabinda.
Recorde-se que, segundo dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.
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