Dos 126 casos de cólera registados no domingo, 71 foram reportados na província do Bengo, no Dande (39), Barra do Dande (21, Panguila (10) e Nambuangongo (1), 36 na província de Luanda, em Cacuaco (21), Ingombota (4), Mulenvos (4), Hoji Ya Henda (3), Sambizanga (3) e Talatona (1).

Foram também sinalizados 17 novos casos na província do Icolo e Bengo, no Sequele (15), Catete (1), Cabiri (1), enquanto na província nas províncias do Zaire e de Malanje foi também reportado mais um caso.

Actualmente, estão internadas 214 pessoas com cólera.

Desde o início do surto, foi reportado um total cumulativo de 1.710 casos, sendo 1.006 na província de Luanda, 422 no Bengo, 267 no Icolo e Bengo, quatro no Huambo, quatro em Malanje, quatro no Zaire, dois na Huíla e um no Kuanza Norte, com idades entre os dois e os 100 anos, dos quais 892 (52%) do sexo masculino e 818 (48%) do sexo feminino.

Ocorreram desde o início do surto 59 óbitos, dos quais 37 na província de Luanda, 15 no Bengo e sete no Icolo e Bengo.

O grupo etário mais afectado é o dos dois aos 5 anos, com 272 casos e dez óbitos,

seguido do grupo dos dez aos 14 anos, com 222 casos e quatro óbitos.

Para a campanha de vacinação estão disponíveis 948.466 doses de vacinas contra a cólera, que começa esta segunda-feira, nas províncias de Luanda (Paraíso e Belo Monte) e Icolo e Bengo.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina utilizada nesta campanha faz parte do stock mundial de oito milhões de doses da reserva da Organização Mundial da Saúde para a resposta a surtos epidémicos de cólera no mundo.

Prevenção: conselhos do MINSA

O Ministério da Saúde (MINSSA) pede a colaboração de todos e apela à comunidade que, se tiver alguém em casa com diarreia líquida e vómitos, procure imediatamente um centro de tratamento de cólera ou uma unidade de saúde mais próxima. Enquanto isso, deve beber muita água fervida ou tratada com cinco gotas de lixívia e prepare soro caseiro (1 litro de água fervida ou tratada e adicione 2 colheres de sopa de açúcar e uma colher de chá de sal).

O MINSA recomenda à população que adopte medidas de prevenção que minimizem o risco de contaminação e transmissão desta doença diarreica aguda, causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados e que rapidamente progride, com um período de incubação curto, que varia de duas horas a cinco dias, e se transmite de uma pessoa contaminada para outra pessoa saudável através do contacto com mãos sujas ou com vómitos de pessoa doente ou com superfícies contaminadas., nomeadamente lavar frequentemente as mãos e manter a higiene pessoal de toda a família; tratar a água para beber, colocando sempre cinco gotas de lixívia por cada litro de água, e depois esperar 30 minutos antes de a beber.

Ferver a água de beber durante 20 minutos, lavar bem as frutas e os legumes com água fervida ou água tratada com lixívia; cozinhar bem os alimentos e guardá-los bem tapados.

As medidas incluem igualmente não defecar ao ar livre, usar sempre latrina ou casa de banho, manter a latrina ou a casa de banho sempre limpas e desinfectadas, manter a casa, o quintal e o bairro sempre limpos.

Contactos de Apoio: 111, 931061381, 923695482 e 934271674.