As duas técnicas foram postas em liberdade após pagamento de uma caução, cujo valor não foi revelado, e devem retomar as actividades laborais de forma normal no Centro Materno Infantil da Samba, na próxima semana.
Mário Tavares, advogado das duas enfermeiras, disse ao Novo Jornal não ser verdade que as mesmas negligenciaram o atendimento ao recém-nascido na terça-feira e que também não houve cobrança de valores por parte destas ao pai.
Segundo o advogado, o recém-nascido precisava de oxigénio, coisa que o centro não dispunha e que o pequeno precisava de ser transferido para outra unidade hospitalar mas que por falta de ambulância não foi possível na devida altura.
Conforme o advogado, foi o pai do recém-nascido, com meios próprios, quem levou a criança, ainda com vida, para o Hospital Pediátrico David Bernardino, para onde foi o pequeno transferido a partir do Centro Materno-Infantil da Samba, mas a criança acabou por falecer ao longo do trajecto.
Quanto aos 10 mil kzs, o causídico diz que foram dados pelo pai a pedido de um familiar que também se encontrava no centro e não por exigência das enfermeiras.
Recorde-se que as enfermeiras foram detidas pelo SIC na quarta-feira no interior do referido centro.
Segundo avançou uma fonte hospitalar e do IGAI, o centro médico possuía na sua farmácia o medicamento e que o recém-nascido morreu horas depois, por não ser medicado, conforme noticiou ontem o Novo Jornal.
Mário Tavares, o advogado que nega tais factos, contou que o boletim de óbito do recém-nascido foi passado pelo Centro Materno Infantil da Samba apenas porque foi lá onde a criança foi antes atendida.