O acordo entre as partes fixou o aumento do salário da função pública em 25 por cento até 2025, sob o compromisso de negociar os termos do incremento salarial nos anos subsequentes.

Quanto ao salário mínimo nacional, o Governo considerou o modelo pacífico, apresentando apenas uma limitação legal que impõe o necessário pronunciamento do Conselho Nacional de Concertação Social.

Segundo o Governo, para este ano o aumento será actualizado e fixado em decreto Presidencial.

A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Central Sindical (UNTA-CS), a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) e a Força Sindical Angolana- Central Sindical (FSA-CS) cederam em alguns dos pontos e decidiram trabalhar com o Executivo para juntos encontrarem soluções.

Teixeira Cândido, porta-voz das centrais sindicais, disse que ficou acordado que as empresas que praticam salários de 70 mil kz têm até um ano para evoluírem para os 100 mil kz.

As que praticam abaixo desse valor, ou seja, até 70 mil, têm dois anos para atingirem os 100 mil, ao passo que as empresas pequenas, que têm salários abaixo dos 50 mil, as microempresas e "start-up", têm até Agosto de 2024 para pagarem 50 mil kz.

Quando à redução da carga fiscal, o Imposto de Rendimento de Trabalha (IRT), o Executivo prometeu reduzir o seu valor, mas não avançou a percentagem nem quando será incrementada a medida.

O secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe, reforçou que ficou igualmente acordado que as partes voltassem à mesa para a regularização, até 2027, de 25 por cento do salário mínimo nacional.

O processo começa a partir do próximo ano. "Com diálogo, felizmente, acabámos de testemunhar um exercício de muita paciência, mas também de muita responsabilidade, que permitiu assinar um memorando de entendimento com as centrais sindicais, depois de uma série de reivindicações", disse.

Sobre a terceira fase da greve, agendada para próximo dia 3 de Junho, as três centrais afirmam que está suspensa.