"Escravo", "Negro", "Gorila", "Nigga", "Índio", "Ilegal", "Imigrante" ou "Sem papéis", foram alguns dos insultos, de que são habitualmente vítimas os jogadores, impressos nas camisolas do plantel do clube de Jerez de la Frontera, inscrito nos campeonatos regionais espanhóis e constituído por atletas de 12 nacionalidades diferentes.

Nas camisolas deveria ler-se o nome dos jogadores que iriam participar no último jogo da temporada: Omar, Bassirou, Eric, Abdoulaye, Osaivie, Ivan, Issa Abdou, Mourtalla, Abdelmounim, Modou ou Mohamed.

Um grupo, segundo o diário espanhol El País - que não deixou passar em branco este recado ao mundo do clube formado por futebolistas imigrantes - onde os cinco espanhóis que fazem parte dele são conhecidos como "estrangeiros" pelo resto da equipa que é, para todos, "uma família".

"Fizemo-lo para dizer a todo o mundo que não somos delinquentes. Somos pessoas, não magoamos ninguém. Contudo, ouvimos estes insultos, é algo que nós sofremos e que também os profissionais sofrem", declarou Eric Amang, defesa do Alma de África, ao jornal El País.

"Estamos no século 21 e não entendo como esses insultos ainda podem ocorrer. Estamos fartos desse desprezo ", acrescenta Eric.

Os jogadores do Alma de África, apesar de terem sofrido uma derrota nas quatro linhas, saíram vitoriosos no seu intento de marcar uma posição contra o racismo. As imagens dos atletas têm corrido o mundo. Veja o vídeo.