Isso quer dizer que apenas 80 processos estão em fase de inquérito, e após a sua conclusão, se for encontrada matéria susceptível de instrução preparatória, serão remetidos para a Direcção Nacional de Prevenção e Acção Penal (DNPAC) da PGR, para o devido processo-crime. E dizemos apenas, porque no mar de corrupção em que estamos metidos, 80 processos é uma gota no oceano, o que pode, por um lado ser compreensível, pelas queixas da falta de pessoal e condições de trabalho de que a PGR e SIC se queixam.

Estão, portanto, em curso 80 casos de inquéritos, aos que se juntam os outros processos já concluídos. Segundo dados divulgados, este ano, a DNPCC registou 43 crimes de branqueamento de capitais, 24 de peculato, 10 de financiamento ao terrorismo, 7 de corrupção, 7 de associação criminosa, 6 de participação económica em negócios e fraude fiscal, 5 de falsificação de documentos, 4 por burla e defraudação, 2 por tráfico de influência, abuso de confiança e extorsão e 1 por furto. No total, passaram por aquela direcção 109 crimes diversos. De toda esta actividade, consta apenas a prisão do antigo ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás e do antigo presidente do Fundo Soberano, José Filomeno dos Santos.

À excepção destes, as prisões efectivas e domiciliárias e/ou outras medidas restritivas abrangem apenas peixe miúdo, principalmente directores provinciais e administradores municipais.

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