A investigação realizada pela Organização das Nações Unidas para avaliar os efeitos do embargo imposto à Coreia do Norte, estão a deixar Angola mal na fotografia.

Para além de suspeitar da compra de armas a Pyongyang por parte do Estado angolano, a ONU desconfia que "a guarda presidencial de Angola e outras unidades foram treinadas por pessoas da República Democrática Popular da Coreia".

A informação consta do relatório de 111 páginas apresentado no último sábado, 9, por um painel de oito especialistas.

Segundo os peritos, no centro dos negócios de Angola com a Coreia do Norte surge Kim Hyok Chan, norte-coreano com visto de diplomata em Luanda, apontado como representante da Green Pine Corporation, empresa responsável por quase metade das armas exportadas pela Coreia do Norte, e alvo de sanções da comunidade internacional desde 2012.

Ainda segundo os especialistas da organização mundial, Kim Hyok Chan "é o representante da Green Pine Corporation responsável pela remodelação dos navios da República Democrática Popular da Coreia que violou as resoluções" internacionais.

Os investigadores indicam que norte-coreano viajou com outro diplomata acreditado em Angola - Jon Chol Young - entre Angola e o Sri Lanka, numa "tentativa falhada" de vender navios militares.

As alegações não foram ainda contestadas por Angola. Conforme se lê no relatório, "Angola ainda não respondeu às perguntas do painel".