Segundo o documento, a circulação ferroviária no Moxico está cortada desde as 05:00 locais (04:00 em Lisboa), impossibilitando a ligação ao município do Cuíto, na província do Bié.

O acidente ocorreu entre as localidades de Cavimbe e Cangumbe, próximo do quilómetro 845 da linha férrea, envolvendo duas composições que vinham no sentido descendente Moxico-Benguela, precisam os CFB.

"Do acidente não há registo de qualquer vítima mortal. Apenas um dos maquinistas ficou ligeiramente ferido e, como resultado do embate, aconteceu o descarrilamento de uma locomotiva e quatro vagões cisterna vazios", lê-se na nota.

O acidente, porém, não afectou a operacionalidade dos CFB nos troços Lobito Huambo, Huambo-Cuito e Luena-Luau, ambos municípios do Moxico, pelo que, assim que se desobstruir a linha no troço Cuito-Luena, a circulação dos comboios é retomada.

Equipas técnicas já se deslocaram ao local do acidente para avaliar as causas e repor a circulação, razão pela qual o CFB apela à calma e serenidade aos passageiros e população em geral pelos constrangimentos causados.

Por outro lado, acrescenta-se no documento dos CGB, uma equipa de peritos do Ministério dos Transportes e do Instituto Nacional dos Caminhos de Ferro de Angola (INCFA) já está a caminho do local para dar início a uma investigação.

Trata-se do segundo incidente ferroviário registado este ano, depois de, a 28 de Janeiro, o descarrilamento de uma locomotiva também dos CFB, no troço Camacupa e Cuanza, província do Bié, ter levado à suspensão da circulação até à província Huambo.

O acidente ocorreu no quilómetro 667 entre Camacupa e Cuanza, quando descarrilou o comboio carregado de mercadoria, proveniente do Luena, capital da província do Moxico, com destino ao Lobito, província de Benguela.

O acidente mais grave registado nos últimos anos em Angola aconteceu a 04 de Setembro de 2018, quando dois comboios, um de passageiros e outro de mercadorias, colidiram na zona do Muninho, município de Bibala, na província do Namibe, provocando 17 mortos, entre cidadãos angolanos e chineses, e 12 feridos.

O acidente, que levou ao encerramento da circulação durante duas semanas, teve origem num erro humano, como assumiu a direcção dos Caminhos de Ferro de Moçâmedes (CFM).