Há cerca de 45 anos que o edifício histórico que alberga a sede da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), inaugurado dois anos depois da proclamação da independência nacional, nunca foi alvo de obras de restauração, o que resultou no seu estado avançado de degradação. Naquela infra-estrutura, localizada no conhecido largo Rainha Njinga, na cidade de Luanda, são definidas as principais políticas, estratégias e programas de apoio e promoção dos mais de 400 artistas plásticos e artesãos filiados e suas obras.

Segundo a direcção da UNAP, a situação já é do domínio do Governo. Sem precisar o valor financeiro para suportar as despesas com a reabilitação do edifício, aquela associação cultural, que há cerca de três anos viu "cortada" a verba que recebia do Estado, diz já ter um estudo de construção civil e arquitectónico.

"A UNAP tem uma sede que não conta com as condições necessárias para que essa flua com toda a naturalidade esperada, pois o edifício que desempenha tal função se encontra preocupantemente degradado pelo natural desgaste temporal na sua estrutura, condicionando o normal funcionamento desta instituição e obrigando a que essa realize variadas adaptações aos seus modos de procedimento, a fim de que se mantenham dentro dos padrões de exigência cirurgicamente planeados e executados", fez saber o seu secretário-geral, Fernandes de Carvalho "Tó Zé".

Para superar esta dificuldade, o responsável disse que a UNAP tem procurado colaborar com entidades públicas, nomeadamente Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA) e Direcção Nacional do Património do Estado, mas sem sucesso. Procuramos materializar tal processo junto destas entidades, apoiando-nos na grande necessidade de se repensar o apoio ao sector cultural, em prol das vantagens que esse ainda muito tem a proporcionar ao Estado.

"Sendo a Direcção Nacional do Património do Estado o serviço executivo responsável pela aquisição, locação, inventariação, alienação, controlo e orientação da gestão e conservação dos bens patrimoniais não-financeiros que integram o domínio público e o domínio privado do Estado, procurará a UNAP colaborar com todos os estudos necessários para se materializar junto desta efectiva reabilitação", sublinhou.

A UNAP, continua o também artista plástico " Tó Zé", acredita que a reabilitação do seu edifício-sede trará consigo grandes vantagens a diferentes níveis, desde artístico a social.

Rosário Matias, presidente daquela associação, reforça que as instalações da UNAP estão num estado avançado de degradação, o que dificulta o normal funcionamento da sua actividade.

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