O Comité Olímpico Angolano (COA), liderado por Gustavo da Conceição, levou às barras do Tribunal Provincial de Luanda duas empresas de construção civil (Aurora e Pesca, bem como MJASU), por incumprimento dos prazos de entrega das obras do "gigante" projecto desportivo "Olimpafrica", assegurou a este semanário António Monteiro "Bambino", secretário-geral do órgão lesado.
Gustavo da Conceição, igualmente antigo basquetebolista, informou que o COA se decidiu a entregar o caso aos órgãos de justiça do País pelo facto de a instituição ter gastado perto de um milhão de dólares norte-americanos, mas as obras do Complexo Olimpafrica nunca chegaram a ser concluídas por parte das empresas construtoras.
"A questão do Olimpafrica é o "calcanhar de Aquiles" do COA, é a nossa pedra no sapato, porque criámos o projecto em 1993. Tinha ele determinado objecto social e, em 2008, decidimo-nos a renová-lo, a dar-lhe outro destino e a criar um projecto original, razão pela qual se avançou com a sua requalificação", reconheceu António Monteiro, secretário-geral do COA.
O secretário sustenta que o COA e o Estado angolano fizeram um investimento a sério ao Olimpafrica. "Infelizmente, o empreiteiro não cumpriu com os prazos de conclusão das obras, não obstante ter recebido valor geral para a sua conclusão. Houve derrapagens aos valores dos orçamentos apresentados, e o projecto nunca ficou concluído".
Como o curto mandato do actual ciclo olímpico termina em 2025, o Comité-Executivo do COA está esperançoso de que conseguirá desbloquear judicialmente, considerando um problema por resolver e voltar a colocar o Olimpafrica dentro das suas prioridades, uma vez que pretende fazer daquele espaço um projecto desportivo de referência para o desporto angolano.
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