O governante que discursava na abertura do V fórum indústria, promovido pelo semanário Expansão, referiu que o concurso para a variação do PIB não petrolífero para 2024 do sector andou a volta dos 2% a 3%, o que significa que a componente industrial na variação do PIB ainda é bastante pequena face aos desafios.

Na sua intervenção, o ministro defendeu a necessidade de continuar a dialogar com os investidores, sendo que a direcção é o sector continuar aberto a falar com os investidores privados.

"É na mão do nosso investidor privado que vai se desenvolver a capacidade de industrializar o País. O Governo tem que criar as condições de infra-estruturas, que já está a fazê-lo, assim como criar as condições de políticas", sublinhou, acrescentando que "a parte mais importante deste processo de industrialização de Angola está na mão dos empresários, empreendedores nacionais e internacionais que se queiram estabelecer no país".

Segundo Rui Miguêns têm-se feito progressos importantes no desenvolvimento da indústria nacional, tendo o Executivo colocado como prioridade a segurança alimentar e o fundamento dessa intenção passa por garantir que haja produção agrícola, onde se retira a capacidade para alimentação e possa ser transformada pela indústria.

Nesse sentido, afirmou que a produção da indústria de um modo geral cresceu de modo significativo e a confiança que os investidores privados têm hoje no sector da indústria é bastante visível.

"No que diz respeito à indústria da refinação de óleo alimentar, que há um ano e meio tínhamos apenas um operador nesse sector, hoje já temos três indústrias a funcionar, duas vão ser inauguradas proximamente e mais três outras entram em funcionamento nos próximos 12 meses", avançou.

Assinalou ainda o desenvolvimento na indústria cimenteira considerada importante na actividade económica, havendo dois projectos nesta indústria a serem implementados, juntamente a uma iniciativa na área da produção de fertilizantes.

O fórum sobre a indústria que decorre sob o lema "A indústria como factor gerador de riqueza-desafios e oportunidades", no Hotel Intercontinental, debateu esta manhã a questão da importância das infra-estruturas, tecnologia e do capital humano, apresentado pela consultora KPMG.

O acesso aos financiamentos disponíveis, o potencial do mercado regional e o apoio às exportações e a indústria transformadora no Corredor do Lobito são outros temas em debate no evento que, inclui uma mesa redonda sob o tema "a industria como factor gerador de riqueza-desafios e oportunidades", em que serão prelectores empresários ligados ao sector industrial, nomeadamente Adérito Areias, das salinas Calombolo, de Benguela, Nazim Charania, PCA do Noble Group, Farid Bouhamara CEO da National Distillers, Sérgio Ribeiro director geral da Embalvidro e Nuno Paulo director geral do grupo Telegest.