Em Angola, há muitos projectos diamantíferos que carecem de investimento imediato para serem alavancados. A banca, porém, coloca "travão" a esse tipo de financiamento, alegando que se trata de crédito de alto risco, dado que muitas vezes não há fiabilidade nas informações prestadas pelos promotores dos projectos às direcções de risco de crédito dos 25 bancos comerciais que operam no País, essa foi, pelo menos, uma das conclusões saídas da Iª. Conferência Internacional dos Diamantes de Angola, realizada em Saurimo, Lunda-Sul.

Só no Leste do País, concretamente nas províncias da Lunda-Sul e Norte, há três projectos diamantíferos nos quais a ENDIAMA é accionista, que requerem financiamento total de 480 milhões de dólares para alavancagem das actividades geológico-mineiras, explicou, no evento, a administradora da ENDIAMA, Ana Feijó, enquanto dissertava sobre "a situação da indústria diamantífera em Angola". Referindo-se aos projectos Luaxe, Luachimba e Sangamina.

De acordo com Ana Feijó, o depósito de kimberlito de Luaxe, na Lunda-Sul, carece de um financiamento imediato de 42% dos 480 milhões de dólares, sendo que necessita de 200 milhões de dólares para arrancar, o depósito aluvião do Luachimba, na Lunda-Norte, por sua vez, necessita de um investimento financeiro na ordem dos 30 milhões de dólares (6%), ao passo que o projecto kimberlito Sangamina clama por 250 milhões USD, correspondente a 52% do valor global.

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