A "Associação Cardume é Vida" denuncia a captura de quantidades avultadas de peixe miúdo ao longo da costa angolana, com incidência na Baía de Luanda, considerada o principal viveiro das espécies. A situação tem provocado a actual redução de peixe nos mares do País. Fonte do Ministério das Pescas e do Mar reconhece ser "preocupante".
A denúncia é feita ao Novo Jornal pelo presidente da referida associação, Jerónimo Gabriel, segundo o qual tal prática remonta desde 2016, protagonizada por cidadãos de origem santomense, que iniciaram o procedimento no Porto Pesqueiro da Boavista, em Luanda. Por pressão das acções inspectivas no local, essa actividade foi interdita e imediatamente ressurgiu na Baía de Luanda, concretamente no perímetro que atinge a zona da Corimba e arredores, onde atingiu "proporções alarmantes", conforme faz jus este movimento cívico concebido para a protecção do ecossistema marítimo.
Este líder associativo diz que a organização, ao interceder com o intuito de monitorizar a actividade exercida na zona, constatou a pesca ilegal e desordenada junto à costa de espécies em fase de crescimento, o que tem estado a perigar a existência de pescado, enquanto o que mais sobressai tem a ver com a pesca de arrasto protagonizada por navios estrangeiros de grande porte.
"São mais de 40 embarcações de fibra, com mais de 250 homens que pescam diariamente na nossa costa espécies nos viveiros, sem que as entidades de direito impeçam essa actividade que tem estado na base da ausência de peixe e não apenas os arrastões chineses como se tem propalado", alertou Jerónimo Gabriel.

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