Os vinte e cinco bancos comerciais que operam em Angola estão obrigados, desde o dia 15 de Setembro, a cumprir com a Directiva 09 do Banco Nacional de Angola (BNA), de assegurar que os seus caixas automáticos, vulgarmente chamados multicaixas, tenham uma taxa de disponibilidade de notas não inferior a 95% da sua capacidade. O Novo Jornal constatou que as instituições bancárias não têm, em muitos casos, cumprido com a imposição legal do regulador do sistema financeiro nacional.

O BNA determina, no documento, dentre outros pontos, que as notas de Kwanza devem estar nos multicaixas durante as horas normais de expediente, no período de 25 de cada mês até ao dia 05 do mês seguinte, inclusive aos sábados até ao meio-dia.

Da ronda efectuada pelo NJ na capital do País, verificou-se que a medida que visa acabar com as enchentes nos ATM anda longe de se efectivar, porquanto as instituições financeiras não revelam estar a envidar esforços para se alcançar tal desiderato.

Num total de 20 bancos por onde a nossa equipa de reportagem passou, no dia 21 de Setembro, perfazendo um conjunto de 40 caixas automáticos, conhecidos multicaixas, deste número só 10 caixas continham dinheiro, 23 tinham apenas papéis e sete estavam temporariamente inoperantes.

Na rua Aníbal de Melo, bairro Vila Alice, por exemplo, às 13h00 do dia 21 de Setembro, nos três bancos comerciais instalados nessa zona, nomeadamente Banco Económico, Banco Sol e Banco Millennium Atlântico, só havia dinheiro na caixa electrónica do Banco Sol. Era visível à procura de dinheiro pela população.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)