O número de mortos oficialmente registados pelas autoridades gregas permanece nas 78 (ver aqui), mas a embarcação que saiu da Líbia em direcção à Europa tinha a bordo pelo menos 700 pessoas, segundo as diversas fontes.
Já se sabia que a maior parte das pessoas que estavam nesta embarcação que afundou subitamente na quarta-feira, 14, eram originários do Paquistão e do Afeganistão, havendo ainda pessoas de origem africana a bordo.
E também já se sabia que dos mais de 700 migrantes (ver foto), incluindo dezenas de crianças, que seguiam a bordo, segundo várias fontes, incluindo ONG"s que se dedicam ao salvamento de náufragos e pessoas em situação de emergência em alto mar, apenas 104 foram resgatados com vida, sendo de apenas 78 o número de corpos retirados das água.
Os restantes, que podem ser entre 400 e 500 pessoas, permanecem por encontrar e a maior parte poderá nunca o ser, porque o barco afundou naquela que é a parte mais funda do Mediterrâneo, ao largo do Peloponeso, uma região no sul da Grécia.
As autoridades gregas anunciaram que foram já detidos nove cidadãos egípcios acusados de pertencerem à organização criminosa que esteve na origem deste "cruzeiro para a morte" de centenas de pessoas.
O Governo do Paquistão anunciou a realização de luto nacional e já anunciou que vai exigir que sejam tomadas medidas de âmbito internacional para travar a mortandade no Mediterrâneo.
As autoridades gregas estão debaixo de fogo por alegadamente não terem reagido a tempo para salvar mais pessoas, depois de ter sido dado o alerta e várias ONG recusam a versão de Atenas de que os tripulantes do navio naufragado recusaram a ajuda oferecida antes de ter afundado.
Só este ano estima-se que mais de 3.000 pessoas tenham morrido a tentar chegar às costas da Europa, em deslocações perigosas e ilegais a partir das costas de África e da Turquia.