O Presidente da África do Sul já chamou a esta situação, com epicentro na cidade de Durban, no sudeste do país, de "catástrofe de proporções gigantescas", depois de ter realizado uma demorada visita à área mais afectada e a alguns dos milhares de feridos e vítimas destas inundações.
Cyril Ramaphosa disse aos jornalistas que se trata de chuvas recorde nesta região do país e em toda a África do Sul, que provocaram não só correntes que tudo levaram à frente, ceifando centenas de vidas, mas também deslizamentos trágicos de terras que varreram zonas residenciais, especialmente nos bairros mais pobres da periferia de Durban.
Centenas de socorristas e das forças de segurança permaneciam hoje, quinta-feira, 14, a fazer buscas por sobreviventes, esperando as autoridades nacionais que o número de vítimas mortais venha a subir ainda consideravelmente nas próximas horas devido à devastação com que se deparam à medida que avançam para os locais mais difíceis.
A região foi declarada, segundo os media locais, de área de calamidade pública, estado o Governo de Ramaphosa a deslocar meios técnicos e humanos para a região de forma a prestar o máximo possível de auxílio às vítimas.
As causas para esta tragédia, segundo os organismos ligados ao clima na África do Sul, são as alterações climáticas, "sem margem para dúvida", lembrando algumas fontes que o país viveu nos últimos anos períodos historicamente recorde de secas prolongadas e severas, especialmente na zona mais austral do país, na Cidade do Cabo, seguindo-se agora o cenário inverso, com chuvas de intensidade igualmente recorde e raramente vistas no continente.
Os meteorologistas estão a prever que a chuva intensa continue para os próximos dias em toda a região sul/este da África do Sul.