A juíza Monica Kivuti (na foto), do tribunal de Makadara, um bairro de Nairobi, a capital queniana, foi assassinada na quinta-feira da semana passada quando terminava de ler a sua decisão de cancelamento de uma garantia bancária de uma mulher.

Descontente com a decisão, o marido da sentenciada, um oficial superior da polícia queniana, entrou de rompante na sala do tribunal e disparou contra a magistrada, ferindo-a com gravidade, tendo esta acabado por morrer num hospital de Nairobi.

Face à comoção gera que este episódio dramático gerou no país, a directora do departamento de Justiça decidiu fechar todos os tribunais do país para honrar a juíza e marcar o momento de consternação.

Além de matar a magistrada, o oficial da polícia disparou ainda sobre três agentes que estavam presentes na sala do tribunal e tentaram impedir o crime, deixando-os feridos com gravidade.

A decisão de fechar os tribunais quenianos foi anunciada depois de uma reunião que envolveu os presidentes de todos os tribunais superiores do país e associações profissionais de magistrados.

Nessa reunião ficou ainda evidente a preocupação antiga dos magistrados judiciais do país com a sua segurança devido ao acumulado de situações de risco e ameaças recebidas após a divulgação de sentenças e decisões judiciais.