Esta coincidência de surtos do mesmo vírus em dois países cria, segundo a OMS, um contexto de maior facilidade de propagação da doença, tendo já lançado um alerta para uma mais alargada transmissão da infecção.

Na Guiné Equatorial, em comunicado divulgado esta quinta-feira, a OMS confirma que já estão registados oficialmente oito casos da infecção por Marburg, havendo sérias suspeitas em pelo menos mais duas dezenas de situações.

Entretanto, também á esta semana, a organização das Nações Unidas que vigia a saúde global, anunciara a confirmação de um surto desta doença na Tanzânia, depois de as autoridades locais terem confirmado laboratorialmente que cinco das oito pessoas com mortes suspeitas estavam efectivamente contaminadas com este vírus.

O vírus de Marburg provoca uma febre hemorrágica grave, com forte índice de letalidade, é considerado pela OMS como sendo de extrema perigosidade e infecta primatas e humanos, sendo transmitido através, como o Ébola, sendo ambos da mesma família de vírus, de fluídos corporais, relações sexuais desprotegidas e contacto estreito entre indivíduos.

Mas, ao contrário do Ébola, não existem actualmente vacinas aprovadaspara debelar esta doença, nem quaisquer tratamento antiviral, aconselhando, no entanto, a OMS a um tratamento profissional nas fases iniciais da infecção, especialmente no que diz respeito à hidratação, aumenta de forma substantiva as probabilidades de sobrevivência.

Em ambos os países já estão confirmadas perto de 20 mortes e dezenas de infecções sob vigilância por suspeita de serem causadas pelo Marburg.